sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mais de 60% dos leitores reagiriam a um assalto, como fez a universitária que surrou ladrão - O Globo Online


Mais de 60% dos leitores reagiriam a um assalto, como fez a universitária que surrou ladrão - O Globo Online

COMENTÁRIO:

Eu já vivi a experiência de ver assaltantes se arrependerem através de uma conversa durante o exato momento do assalto.

Foi assim. Após eles haverem apanhado meu casaco, relógio e dinheiro, pedi para que todos me ouvissem. Surpreendentemente eles pararam para me ouvir. E eu lhes falei. Subitamente eles foram tomados por um profundo arrependimento, que os levou a me pedir perdão, devolver meus pertences e lançar para longe a faca que mantinham no meu peito. Eu não dispunha de nenhum instrumento de coerção. Estava só e desarmado.

Isto se deu na cidade de Niterói, sob a arquibancada do estádio Caio Martins, por volta das 11h30 da noite.

Jamais me esquecerei da expressao facial de todos e da profunda dor que experimentaram. Saí dali certo de que pessoas podem mudar de vida e que a instrução em amor transforma os corações.

Nunca mais os vi. Até hoje (isto se deu faz uns 17 anos aproximadamente) espero reencontrá-los e vê-los transformados em razão daquela experiência inesquecível.

A fim de estabelecer um equilíbrio necessário:

Não acredito que a experiência que acabei de relatar, relativa ao assalto que sofri, tenha que ser a experiência de todos os que reagirem a um assalto como eu reagi. Há pessoas que não vão mudar mediante ensino e orientação. Esta é a razão pela qual não devemos lidar de modo romântico com a criminalidade. Pessoas precisam ser presas. Com tristeza admito isto.

Minha intenção foi apenas a de fazer uma contraposição ao que tem sido a tônica dos discursos na nossa cidade quando o assunto é violência. Devido a impunidade que grassa, estamos quase todos querendo morte. Esta é a palavra que mais tenho lido nos comentários sobre criminalidade. Há, contudo, pessoas recuperáveis. A repressão é uma resposta ao crime, mas não a única. Por exemplo, todos haverão de concordar comigo que "é melhor prevenir o crime do que puni-lo" (Beccaria). E parte da prevenção passa pela educação feita de modo apaixonado no sincero desejo de promover a vida do nosso semelhante.

Você está curioso para saber o que anunciei para aqueles jovens? Eu apresentei o evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois como diz o apóstolo Paulo: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (Rm 1:16).

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